sábado, 2 de julho de 2011

El abrazo: mejor lugar del mundo

     O Tango, além de nos reportar a várias imagens de um casal dançando sensualmente ao som de Pugliese, Di Sarli ou Piazzola, nos mostra o quanto é paradoxal dentre as danças de salão.
O homem dentro da dança, tem o papel  de conduzir a dama, e ela por sua vez, deve deixar-se conduzir. E, ao deixar-se conduzir, não quer dizer que deva ser submissa, mas parceira - daí o termo partner.
Aparte isso, a mulher no tango tem vários firuletes que independem da condução masculina.
E quanto mais a dama deixar-se conduzir pelo homem, mais aparece. Aquele que parece estar obedecendo, conduz, Aquele que conduz, obedece a infinitos códigos próprios do tango,  fazendo com que os bailarinos em movimento enfeitiçem  imediatamente quem vê e quem dança. Um paradoxo? sim, essa é a beleza da dança.
Casi como un  juego...
Borges fala em uma entrevista com Ernesto Sábato, citando o que diz  Macedonio: " ... el abrazo de los cuerpos no es otra cosa que la seña que un alma hace en otras almas."
E dentro desta concepção, penso que o tango beneficia não somente a quem dança, ou a quem vê uma apresentação, mas essencialmente a quem tem consciência do que acontece quando duas pessoas se encontram na dimensão de um abrazo.


Imagem: carvalho.multiply.com

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Elisa